terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A uma moça

Cume quim nace duma luzerna,
D'intremê dumas pernadas
Assomaste-te à nha vida,
Cum tuas manhas marafadas!

No açucre desses tês olhes
Dscuidado ê ma perdi:
Ando à pergunta e nã me acho
Pr'adonde ê olhe, só veje a ti.

O açucre fez-se im quêmóz…
E más gstoso ele era ainda!
Ingui im ti, jouguê-te d’unhas;
Nã dou notiça doutra más linda!

Nim tampouco ê drumo já,
Este rabêo nã dou vincido;
Desde a hora im que ê te vi,
Nã tiro de ti o sintido...

E é mode isso qu'ê só digo,
Sim pôr quajquer mania:
Nã há por i dnhuma igual,
Cume a moça algravia!


Antóino Rebêro

5 comentários:

  1. E é mode isso qu'ê só digo,
    Sim pôr nenhuma mania:
    Nã há por i nanhuma igual,
    Cume a moça algravia!

    bonite me rapaz!! e boua foto =)

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  2. Munte agradecide, amigue Jorge!

    Pla data se vê condo é qu'ê comeci a xcraver esta pousia. Nã tive jêto de a dar acabada más cedo, ma simpre vêo cá parar, a magana!

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  3. Ah!moças marfadas que nos põem a cabeça a nove!
    Gosti, sim sinhor!

    Haja saúde
    Mano João

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  4. ESpeCiaLmente GaSPaS e Mano João, munte agradecido òs dôs, mode dexarim cá o vosse recade. É simpre bom a gente ir tende repas da famila!

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